domingo, 12 de dezembro de 2010









"_ Todas as mulheres me caem num encanto tal
sem que empenhe esforço.
Mas contigo, todo o charme que invisto
é como que roubado, sempre, pelo ar em movimento.
Como consigo não te cativar só a ti?

_ Porque não é o aparente que me cativa.
Já te olhei para dentro,
e tens muito mais do que um charme.
Como não te posso ter,
evito o ímpeto de olhar os teus olhos:
para não cair num estado irremediável." Flávia Abreu

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Na calma da madrugada,
quando todo o mundo dorme,
posso apreciar as coisas em silêncio
e apoderar-me de toda a beleza
sem que ninguém a reivindique.

Solto palavras que nem digo,
e sussurros que se apagam
ao misturar-se com as gotas que caem,
levando segredos que se esmagam no chão.
Libertei-me.

Desnudo-me sem querer,
às horas que ninguém vê;
deixo a lua beijar-me as linhas,
e os poros inspirarem,
e entupirem de saudade.
Volto a aprisionar-me.

Tudo é tão complexo
mas tão simples."
Flávia Abreu

sábado, 27 de novembro de 2010

Ou tudo ou nada...

"Esta lei do tudo ou nada, pela qual se regem os meus anseios, impede-me encontrar um meio termo nas coisas que podem ser sublimes.

Para quê a preocupação? Porque o mundo se rege pela lei do superficial. E isso, para mim, nem chega a ser o nada." Flávia Abreu

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"Um dia disse 'amo-te'. Apenas um dia...

E senti-o, tal como sinto cada bombear do meu coração. 
Mas já nem me lembro do dia, já não lembro do lugar, só do que senti.

Como pude eu dizer a alguém 'amo-te' se já nem o conheço, se acabamos por desistir um do outro, se a distância entre nós cresceu exponencialmente e se nem gota alguma do meu sangue corre pela sua paixão? Como pude eu dizer 'amo-te' se não senti a segurança futura do seu colo?
Como pode um 'amo-te' tornar-se apenas uma lembrança amarelada pelo tempo?

Por tudo isto não voltei a dizê-lo.


E tive que aprender a ter a coragem para, por vezes, despedir-me do que amo, do que me faz feliz, e de engolir o que mais quero dizer...
Porque, simplesmente, não tem sentido duas pessoas que caminhem juntas olhem horizontes diferentes."  Flávia Abreu

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Colinatrum

"O café estava sossegado, um ou dois vultos ocupavam a periferia da minha visão. A luz amarelo escuro invadia o seu espaço (é a minha preferida) induzindo-me a um estado de alheamento.

Comecei a ler um dos vários manuscritos que organizadamente espalhei pela mesa.

Uma voz de criança soou e, de imediato, atentei a ela sem despregar olho das letras. Questionava alguém sobre as funcionalidades do seu telemóvel. Não resisti e logo a procurei com os olhos curicas. Mas vi não uma criança mas uma senhora, que segurava um telemóvel numa das suas mãos, e fitava o companheiro como quem espera uma resposta. Pensei eu: "Uia... uma mulher com voz de criança??".

Pouco depois vi que as questões eram disparadas por uma criança bem mais além que a minha visão próxima...

As conclusões que nos parecem mais óbvias em determinado momento, nem sempre se coadunam com o real, é necessário ver a situação na totalidade e evitar deduções escusadas com dados insuficientes. Tem que se ter  justeza ao avaliar as coisas simples do dia a dia, porque é com elas que nos construímos, e às ideias que formamos dos outros, daí ser imprescindível estar-se bem disperto. Estou a aprender, e confesso humildemente que espero que o faça até ao meu término." Flávia Abreu

      Um dia, estava eu num café a estudar para os exames que me iriam conduzir à finalização da  minha licenciatura, quando capto este episódio castiço, e decidi registá-lo porque me pareceu uma subtil lição que eu consegui detectar apesar de estar tão ocupada. 
      No preciso momento em que marquei o ponto final, apareceu ao meu lado um meu amigo que me questionou sobre o que estivera a escrever. Não fui capaz de o dizer porque me apanhou num momento de reflexão, mais numa das muitas estranhezas que normalmente pairam na minha cabeça. Mas como não tenho nada a perder, aqui fica...

domingo, 21 de novembro de 2010

Atrevimento

"Os dias acordam-na
num regaço de confusão.
Não é do sonho não!
É do relembrar de ontem,
e do antes de ontem,
e do antes de antes de ontem,...

É de sentir,
nem sabe já bem o quê,
se foi uma evidência ilusória
o que a fez palpitar,
produzindo uma mentira sentida,
no âmago daquele moribundo corpo.

Esconde o semblante nas golas e mãos
porque o olhar se incendiou,
e não consente que seja descoberto
o seu inchaço de fraqueza,
mesmo sabendo que pessoa alguma o vê.

Sofre pelo seu atrevimento,
em insistir ser normal!
Em dar-se sem dever,
e a mergulhar num mar que nem existe!
Pelo seu atrevimento
em querer ter ao redor gente
que ela nunca saberá ter,
porque é diferente de tudo,
e dela mesma não se pode afastar." 
Flávia Abreu

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Viagem na linha 7

"Adoro as viagens de autocarro a meio da manhã...

O transporte vai quase vazio, não há vozes, não há olhares, não há empurrões, não nada... há serenidade e, isto permite-me apreciar certas singelezas que ocasionam uma graciosa descarga de endorfinas.

O sol é subtil quando ainda está a acordar ou é abraçado pelas nuvens, e beija-me de leve as faces, pausando com a sombra das árvores e dos prédios; as gotas da chuvada da madrugada que escorrem pelo vidro brilham; as minhas mãos geladas vão sendo aquecidas; a música que passa pelos auriculares anestesia-me e o ar 'lavado' e frio traz-me o aroma do pão fresco que o vulto próximo de mim leva consigo. Fico anormalmente confortável.

Fecho os olhos e sorrio porque me apercebo que estou unicamente a ouvir-me. Só desse modo é possível saber o que me dá prazer e apaixona. Se tivesse desligado de mim teria sido mais uma viagem igual a tantas outras.

A viagem de autocarro deve ser equiparada à 'viagem geral'..." Flávia Abreu

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Felicidade idiota

Odeio a felicidade idiota, que é aquela cujo motivo se mostra uma ilusão ao fim do tempo suficiente para me sentir idiota por acreditar na sua genuinidade inexistente...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Apenas a minha opinião: 
      "As humanidades e as artes representam duas das áreas mais primárias do desenvolvimento cognitivo, cultural e criativo de um indivíduo. Como uma árvore, se não tiver raízes nunca será uma árvore, também um humano necessita de construir o seu intelecto com base na sua expressão em relação a estes domínios de estudo para que se possa debater interiormente com as suas aptidões, opiniões e ideias e, assim, possa conhecer-se e adaptar-se à realidade de acordo com as suas vocações e capacidades. 
      Como pode um indivíduo ter uma opinião fundamentada sobre touradas se nunca foi incitado a confrontar os valores humanos com as diferentes culturas, por exemplo? Como pode saber valorizar uma criação artística se não tiver tido qualquer conhecimento a respeito?
      O desenvolvimento da humanidade como aperfeiçoamento dos indivíduos e evolução da tecnologia e competências úteis com vista no maior lucro não se pareiam. Mas deviam! Queremos um planeta que encaminhe as gerações vindouras para a artificialização, que descredite o valor de cada ser humano? Foi-nos cedido o mundo para que o pudéssemos contemplar e melhorar com todas as capacidades de que dispomos com o objectivo da realização pessoal e dos que amamos, e isto não é uma utopia, e afinal o hoje não passa de uma disputa de interesses económicos que mecaniza as pessoas afastando-as da sua essência." Flávia Abreu

domingo, 31 de outubro de 2010

Incoerência

"Um dos meus maiores desejos era ser especial o suficiente para algumas das pessoas que prezo muito para que não tenham que ser incoerentes na forma como me tratam, que decidam de uma vez por todas qual é o termo justo para mim... mas como elas nunca estão satisfeitas e não sabem muito bem o que querem, desejo ser indiferente a essa incoerência..." Flávia Abreu

Promessas

"Por que é que se fazem promessas? 

"Um dia havemos de... um dia vou levar-te a... um dia vamos ter... ". 

Mais vale apenas pensar nos próprios desejos e, se se concretizarem tanto melhor, senão morre ali a ideia, do que estar a encher a cabeça de alguém que nos adora com coisas boas que geralmente não são levadas a cabo, criando-lhe uma esperança no futuro que pode nem vir a acontecer, dando-lhe uma falsa alegria... a desilusão pode ser evitada e, em adição, a boa surpresa sabe sempre bem!" Flávia Abreu

Como o outro (com respeito) diz: "promessas perdidas, escritas no ar"

sábado, 30 de outubro de 2010

Imprescindível

"É preciso muito pouco para sermos felizes, mas se o que é essencial falhar é natural que nos refugiemos em outras coisas prazerosas que não têm o mesmo poder mas que estão mais ao alcance. Só quando se vêem as falhas destas coisas menores é que nos apercebemos que já não somos felizes e, nessa altura, já andamos a vaguear sem bússola pelo caminho há algum tempo. Isto porque o essencial nem sempre é o mais evidente e nem todos o conseguem ver, no entanto, é o que define o valor das nossas vidas. E o essencial está dentro de cada um." Flávia Abreu

domingo, 24 de outubro de 2010

Medo

"Por vezes, tenho o pensamento cobarde de afastar-me do que me faz bem, a partir do momento em que me apercebo que se tornou importante para mim, porque irá inevitavelmente magoar-me. E, na maioria, o pensamento entra em prática como que sem pedir-me autorização, como se tivesse um protocolo com a parte emotiva e tivesse obrigatoriamente que a proteger para cumprir o acordo.
      Ora ninguém quer magoar-se, óbvio, mas é assim tão espontâneo agir à defesa, com permanente dúvida e receio? Torna-se difícil arriscar quando se preza bastante o seu eu, quando a sua protecção tem primazia. Não, não é assim tão espontâneo, trata-se de aprendizagem. Ser algum, a quem não tenham golpeado o coração alguma vez, sente a necessidade de se proteger, não há motivo simplesmente; e para um a quem tenham golpeado sempre que arriscou? Assim é mais fácil perceber por que é que fugir é tão automático, por que é que o pensamento cobarde não pode ser condenável! E se, acrescido a isto, as experiências de conhecidos, amigos e familiares corroboram esta atitude? Se até mesmo as pessoas que admiro fazem aos seus companheir@s o que eu receio que o que se tornou importante para mim me faça também?
      Provavelmente o protocolo será violado: eu não terei mais defesa para aplicar, não porque não precise por sentir segurança, mas porque o ser humano é fraco e irá ceder sempre ao que ama mesmo que seja inseguro." Flávia Abreu

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Chorar...? Quando preciso de lavar a alma de confusões e tristezas que a mente lhe incita...

domingo, 17 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eu...

"Grito!
E nem som algum emito...
Choro!
E nem lágrima alguma cai...
Abraço!
E nem pessoa alguma sinto...
Sorrio!
E nem músculo algum estica...
Entendo!
E nem palavra alguma digo para que o saibam...
Luto!
E nem abatimento algum demonstro...
Amo!
E nem amada alguma vê...
Preciso!
E nem alma alguma percebe...
Desespero!
E nem ira alguma difundo...
Chateio-me!
E nem palavra alguma profiro...

Alegro-me!
E todo o mundo vê,

todo o mundo adquire como verdade
que o meu único constituínte é a alegria,
e com ela tudo posso,
sendo eu apenas um banal humano
como todos eles...

Mas... sei ver através dos seus olhos
o que eles não sabem ver através dos meus." Flávia Abreu

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Luta

"A conquista tem um sabor mais intenso quando o seu caminho é austero." Flávia Abreu

Ok, tem... a sensação do triunfo merecido por um grande esforço ou luta empenhados para atingir metas muito desejadas enaltece o ego de qualquer pessoa, e elas aprendem variadíssimas "estratégias de defesa e contra-ataque", aguçam a perspicácia, crescem interiormente e como indivíduo inserido numa sociedade aprisionada e realçam/desenvolvem os seus valores forçosamente se o empenho for bem dirigido e se se souber ver as consequências desta forma - vantajosas. Contudo, se pudesse escolher, nunca teria quase que transformar-me no suor do trabalho para conseguir o que Quero, porque todas estas aprendizagens vou conseguindo-as, embora que mais lentamente, sem que tenha que sofrer pelo caminho, porque sei ver o essencial da vida sem ter que passar por um caminho custoso, sei valorizar tudo o que tenho com justeza e tirar partido das coisas simples sem que tenham que complicar porque vejo para lá do horizonte da maior simplicidade, tudo isto sem que tenha que ir até ao limite da minha força, porque como uma alma experiente disse, creio que: "a perfeição não existe, mas nós devemos caminhar sempre em direcção a ela, porque se não existe, não há limite para a nossa evolução". Portanto, por pouca dificuldade que tivesse o meu caminho eu iria continuar a construir-me à luz deste pensamento sem ter que me esgotar e depois disso ter que ficar "parada um tempo" para recuperar e, enquanto isso, não ser capaz de sentir felicidade como que poderia se não fossem os percalços lesivos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Expectativa

"A causa das decepções reside na expectativa: se não as tivermos será improvável que nos desiludam! É precioso resistir ao ímpeto de as criar nas pessoas de quem tanto gostamos, que são as únicas que nos podem decepcionar." Flávia Abreu

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Linguagem sem palavras

"Toma o meu colo,
podes ser mudo:
consigo ouvir o teu solo
pelo teu olhar escudo.

Rasguei o meu peito,
toma o meu coração
escuta o seu pulsar...
consegues pelo meu, o teu acertar?" Flávia Abreu

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mudar


"As pessoas adultas não mudam: podem quanto muito esforçar-se por ter atitudes diferentes do habitual, melhores, durante um período de tempo, para beneficiarem de uma mudança aos olhos dos outros, mas o intrínseco ninguém muda e há-de revelar-se novamente, mais cedo ou mais tarde." Flávia Abreu

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Memórias

"As boas memórias parecem mais fascinantes do que as situações a que se associam realmente foram, quando se passa algum tempo sem se sentir completo." Flávia Abreu

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Cedo todas as palavras possíveis à imagem, já que tem tanto para contar (=

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Apenas... tu

"As fotografias não são fidedignas então, eu fecho os olhos para te ver: a imagem guardada no coração é mais fiel e, um arrepio electrizante percorre-me num só instante. Imagino como único lugar seguro o teu abraço mas não é real, ainda não sabes os anseios da minha alma, os perigos da minha mente, os desejos do meu coração. Os teus olhos têm brilho o bastante para iluminar qualquer caminho, mas não o meu, ainda não sabes que calçada eu escolhi. O teu sorriso é igual ao meu, mas não creio que o saibas, porque eu vejo-te em mim, mas tu não me vês em ti. O mundo devia ter o teu odor, para que a brisa te trouxesse sempre para perto de mim mesmo que nem no horizonte te conseguisse ver. O teu toque nos meus cabelos não seria possível, se soubesses o quanto me iludes. Mas não te quero, porque se te tiver perder-te-ei. Fica aí, não te mexas, tudo está bem, basta ter a ideia de te ter sem efectivamente ter-te." Flávia Abreu

domingo, 19 de setembro de 2010

A realidade pode ser o que se quiser

"Nos sonhos te escondes
para seres feliz,
e assim vives,
sempre que os sentes, constróis e sorris.

Agarras qualquer mão
e corres, rindo, prado fora,
não consegues ouvir o não
nem ver a crueldade real do agora.

És criança e adulto,
nada impede o teu querer!
Mas reservas a inocência no teu culto
para que ninguém a possa ver.

Fascina-me o teu mundo
onde o céu ainda não chegou
é quente e mágico, não é imundo
como aquele que para todos se criou.

Conheces a mentira e a desonestidade
mas os teus pensamentos
embelezam a verdade
que é a realidade." Flávia Abreu

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sonhos

"Uma das facetas dos sonhos é revelar os nossos desejos: desarmam-nos, mostrando-nos claramente o que queremos sem medos ou preconceitos, na procura de deixarem de ser apenas sonhos! Põe a nu a nossa parte emotiva, sibilando insistentemente ao consciente que sacie aquela sede interior, por vezes, de forma diabólica e, os sonhos possam voltar à normalidade e ser novamente as charadas comuns da organização da mente após mais um dia.
Na maioria das vezes, não é possível ceder a este capricho inconsciente, senão não havia a necessidade desta impertinência do superego em transportar o insucesso do dia para a folga da mente à noite (como se não bastasse o quanto nos azucrina quando estamos bem acordados)." Flávia Abreu

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

talento vs. determinação

Houve um dia em que fui talentosa! Mas alguém com menos talento do que eu me venceu...
porque teve a determinação que eu não tive!" Flávia Abreu

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rapariguinha

"Hoje quero ser só eu
encontrar-me só a mim
mas não quero estar sozinha!
Só não quero conversar por palavras,
apenas pelo meu jeito e olhar.
Quero viajar no meu mundo,
sem sair da concha que o meu corpo fez.
Escutar as entranhas,
os batimentos cardíacos
e as trocas de ar com os pulmões
com sincronias combinadas com os meus pensamentos.
Dei um salto e peguei na guitarra,
dei uns breves acordes leves e sibilantes.
Já chega...
Hoje só consigo ser eu." Flávia Abreu

Aprendizagem e força

"Os obstáculos são vitamina para o meu sangue." Flávia Abreu



(Para quê usar muitas palavras se se podem usar apenas as palavras certas?)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Génio da lâmpada

"_Se o génio da lâmpada existisse e fosse ter contigo concedendo-te os três desejos, o que pedirias?
_Bem, podia pensar no que mais desejo, naquilo que mais me alegraria e resumir a três pedidos. Mas prefiro ser perspicaz e, pediria apenas uma coisa, gastando um único desejo: ser feliz! Depois de concretizados os desejos, ficariam boas memórias, seria feliz por três momentos; escolhendo ser feliz, não importa quantos e quais os desejos realizados, desde que o que aconteça pela vida fora seja o fundamental para me preencher e fazer feliz!" Flávia Abreu

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vingança

"A vingança é o desejo cego de oferecer um veneno pior do que o que nos deram a provar. É inútil e só nos traz mais tristeza. O desprezo e a altivez são mais baratos e honrosos e magoam mais a quem nos ofendeu." Flávia Abreu

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sinceridade

"É primordial que as pessoas transpareçam o que realmente são e que ajam e se comportem de acordo com elas mesmas, é uma prova de amor-próprio e/ou de que trabalharam na construção do seu “eu” na perspectiva da melhora; que não usem máscaras para camuflar aquilo que provavelmente as envergonha na verdade do seu ser: pena que não alcancem que maior é a vergonha de esconder a própria alma do que tentar ser aquilo que não são para agradar aos outros. Para além de que, pior do que mentir aos outros é mentir a si próprio, obrigando-se a fazer o contrário dos seus impulsos e, dar mais importância à imagem que as pessoas criam delas do que à própria motivação interior: não temos que provar nada a ninguém a não ser a nós mesmos! A sinceridade é a virtude que mais aprecio nas pessoas porque é a que faz delas verdadeiras e genuínas e a falta dela faz-me desacreditá-las." Flávia Abreu

domingo, 5 de setembro de 2010

Ser completo

"Não me sinto...
Não me apela coisa nenhuma
nem o sol que ontem brilhou.
Não gosto de alguma coisa
nem deixo de gostar.
Pão sem sal,
gato sem garras,
papel em branco.
Falta algo, falta algo, ...
(ecoa na minha cabeça)
Apetece apenas o exclusivo
da sensação de pertença desejada,
apetece apenas a simplicidade complexa
da ligação autêntica
entre dois animais humanos.
Falta este gomo do meu eu
e, enquanto falta, não me sinto." Flávia Abreu

sábado, 4 de setembro de 2010

Eu e o sentimento rei

"Tenho dificuldade em pensar quando o amor me abraça, mas abraça sempre gritando como se fosse enorme a ansiedade de o parear, ensurdecendo-me a mente para não me permitir tomar qualquer decisão que o contrarie! Não conhece a leveza de um sussurro porque é selvagem, só assim consegue impor-se a um ser racional e deixá-lo tão vulnerável." Flávia Abreu

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Presente e futuro

"Por vezes, é possível ficar-se aprisionado inconscientemente ao passado que foi fantástico para preservar ao máximo na memória e coração o que foi incomparável mas, assim, os olhos estarão fechados a uma nova etapa que poderá ser única e incomparável também. É importante ter as asas a postos para voar." Flávia Abreu

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A diferença

"A diferença é sempre rejeitada porque é estranha aos olhos da normalidade, da banalidade. E as pessoas gostam do equilíbrio, não gostam de alguém ou algo que contrarie a normalidade das suas vidas. Por isso é que o que é estranho é sentido como perigoso, por ser tão impossível de ignorar e impossível de aceitar. Aceitá-lo implicaria pôr em causa o que se construiu até então, desafiaria a mente a uma reconstrução de ideias, apelaria à essência do nosso ser. Nasce o preconceito, pior quando se torna intolerável. Questiono-me se farei eu parte dos "normais" ou se vivo num mundo que prefiro ver e, sou eu, bastante diferente dos outros; concluí que não faço parte dos "normais"... e ainda bem!! As pessoas diferentes tendem a estar sozinhas grande parte do seu tempo mas, muitas vezes, e contrariamente ao que os "normais" pensam, não é pela rejeição, mas porque elas mesmas rejeitam ceder à sociedade padronizada em que vivemos, aos  pensamentos automáticos, às atitudes irreflectidas. Mas também são elas que mais desfrutam da sua própria companhia e que mais apreciam o que é realmente importante na vida. Então, depende do ângulo em que nos posicionamos para nos observarmos e aos outros, e o melhor é aquele que nos faça sentir mais integrados no mundo... mas, para mim, é o "normal" a grande diferença inaceitável. A exclusividade é marcada pela diferença, nada de banal se torna inesquecível." Flávia Abreu