segunda-feira, 4 de julho de 2011

Orgulho

"Como se o teu mundo fosse como a cidade
que só mostra o que cada um quer ver,
e esconde o brilho das estrelas
nas ruas cheias de edificios altos.
 ...

É como se a noite não tivesse fim,
e ao mesmo tempo é segundos.
É como se nunca antes te tivesse sentido em mim,
e a tua pele fosse sonhos mudos.

E espero que o orgulho se vá para te beijar,
[como se os meus vidros não espelhassem a verdade],
mas sorrio sem querer para o luar:
quase que o meu mistério se revela no ar.

E procuro não ceder ao chocolate do teu olhar,
para não ter que me perder no saborear.
E perceber que os meus têm uma névoa,
quando os, simplesmente, vês.

E escondo a saudade de ti,
para não pensar no abraço que nem sei se sentes,
e na paixão que não conheço em mim,
a que só me deixo sentir
quando essa a ti te queimar."

Flávia Abreu