quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A diferença

"A diferença é sempre rejeitada porque é estranha aos olhos da normalidade, da banalidade. E as pessoas gostam do equilíbrio, não gostam de alguém ou algo que contrarie a normalidade das suas vidas. Por isso é que o que é estranho é sentido como perigoso, por ser tão impossível de ignorar e impossível de aceitar. Aceitá-lo implicaria pôr em causa o que se construiu até então, desafiaria a mente a uma reconstrução de ideias, apelaria à essência do nosso ser. Nasce o preconceito, pior quando se torna intolerável. Questiono-me se farei eu parte dos "normais" ou se vivo num mundo que prefiro ver e, sou eu, bastante diferente dos outros; concluí que não faço parte dos "normais"... e ainda bem!! As pessoas diferentes tendem a estar sozinhas grande parte do seu tempo mas, muitas vezes, e contrariamente ao que os "normais" pensam, não é pela rejeição, mas porque elas mesmas rejeitam ceder à sociedade padronizada em que vivemos, aos  pensamentos automáticos, às atitudes irreflectidas. Mas também são elas que mais desfrutam da sua própria companhia e que mais apreciam o que é realmente importante na vida. Então, depende do ângulo em que nos posicionamos para nos observarmos e aos outros, e o melhor é aquele que nos faça sentir mais integrados no mundo... mas, para mim, é o "normal" a grande diferença inaceitável. A exclusividade é marcada pela diferença, nada de banal se torna inesquecível." Flávia Abreu

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