"A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original." Albert Einstein
sábado, 27 de novembro de 2010
Ou tudo ou nada...
"Esta lei do tudo ou nada, pela qual se regem os meus anseios, impede-me encontrar um meio termo nas coisas que podem ser sublimes.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
"Um dia disse 'amo-te'. Apenas um dia...
E senti-o, tal como sinto cada bombear do meu coração.
E senti-o, tal como sinto cada bombear do meu coração.
Mas já nem me lembro do dia, já não lembro do lugar, só do que senti.
Como pude eu dizer a alguém 'amo-te' se já nem o conheço, se acabamos por desistir um do outro, se a distância entre nós cresceu exponencialmente e se nem gota alguma do meu sangue corre pela sua paixão? Como pude eu dizer 'amo-te' se não senti a segurança futura do seu colo?
Como pode um 'amo-te' tornar-se apenas uma lembrança amarelada pelo tempo?
Por tudo isto não voltei a dizê-lo.
E tive que aprender a ter a coragem para, por vezes, despedir-me do que amo, do que me faz feliz, e de engolir o que mais quero dizer...
Porque, simplesmente, não tem sentido duas pessoas que caminhem juntas olhem horizontes diferentes." Flávia Abreu
Como pude eu dizer a alguém 'amo-te' se já nem o conheço, se acabamos por desistir um do outro, se a distância entre nós cresceu exponencialmente e se nem gota alguma do meu sangue corre pela sua paixão? Como pude eu dizer 'amo-te' se não senti a segurança futura do seu colo?
Como pode um 'amo-te' tornar-se apenas uma lembrança amarelada pelo tempo?
Por tudo isto não voltei a dizê-lo.
E tive que aprender a ter a coragem para, por vezes, despedir-me do que amo, do que me faz feliz, e de engolir o que mais quero dizer...
Porque, simplesmente, não tem sentido duas pessoas que caminhem juntas olhem horizontes diferentes." Flávia Abreu
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Colinatrum
"O café estava sossegado, um ou dois vultos ocupavam a periferia da minha visão. A luz amarelo escuro invadia o seu espaço (é a minha preferida) induzindo-me a um estado de alheamento.
Comecei a ler um dos vários manuscritos que organizadamente espalhei pela mesa.
Uma voz de criança soou e, de imediato, atentei a ela sem despregar olho das letras. Questionava alguém sobre as funcionalidades do seu telemóvel. Não resisti e logo a procurei com os olhos curicas. Mas vi não uma criança mas uma senhora, que segurava um telemóvel numa das suas mãos, e fitava o companheiro como quem espera uma resposta. Pensei eu: "Uia... uma mulher com voz de criança??".
Pouco depois vi que as questões eram disparadas por uma criança bem mais além que a minha visão próxima...
As conclusões que nos parecem mais óbvias em determinado momento, nem sempre se coadunam com o real, é necessário ver a situação na totalidade e evitar deduções escusadas com dados insuficientes. Tem que se ter justeza ao avaliar as coisas simples do dia a dia, porque é com elas que nos construímos, e às ideias que formamos dos outros, daí ser imprescindível estar-se bem disperto. Estou a aprender, e confesso humildemente que espero que o faça até ao meu término." Flávia Abreu
Comecei a ler um dos vários manuscritos que organizadamente espalhei pela mesa.
Uma voz de criança soou e, de imediato, atentei a ela sem despregar olho das letras. Questionava alguém sobre as funcionalidades do seu telemóvel. Não resisti e logo a procurei com os olhos curicas. Mas vi não uma criança mas uma senhora, que segurava um telemóvel numa das suas mãos, e fitava o companheiro como quem espera uma resposta. Pensei eu: "Uia... uma mulher com voz de criança??".
Pouco depois vi que as questões eram disparadas por uma criança bem mais além que a minha visão próxima...
As conclusões que nos parecem mais óbvias em determinado momento, nem sempre se coadunam com o real, é necessário ver a situação na totalidade e evitar deduções escusadas com dados insuficientes. Tem que se ter justeza ao avaliar as coisas simples do dia a dia, porque é com elas que nos construímos, e às ideias que formamos dos outros, daí ser imprescindível estar-se bem disperto. Estou a aprender, e confesso humildemente que espero que o faça até ao meu término." Flávia Abreu
Um dia, estava eu num café a estudar para os exames que me iriam conduzir à finalização da minha licenciatura, quando capto este episódio castiço, e decidi registá-lo porque me pareceu uma subtil lição que eu consegui detectar apesar de estar tão ocupada.
No preciso momento em que marquei o ponto final, apareceu ao meu lado um meu amigo que me questionou sobre o que estivera a escrever. Não fui capaz de o dizer porque me apanhou num momento de reflexão, mais numa das muitas estranhezas que normalmente pairam na minha cabeça. Mas como não tenho nada a perder, aqui fica...
domingo, 21 de novembro de 2010
Atrevimento
"Os dias acordam-na
num regaço de confusão.
Não é do sonho não!
É do relembrar de ontem,
e do antes de ontem,
e do antes de antes de ontem,...
É de sentir,
nem sabe já bem o quê,
se foi uma evidência ilusória
o que a fez palpitar,
produzindo uma mentira sentida,
no âmago daquele moribundo corpo.
Esconde o semblante nas golas e mãos
porque o olhar se incendiou,
e não consente que seja descoberto
o seu inchaço de fraqueza,
mesmo sabendo que pessoa alguma o vê.
Sofre pelo seu atrevimento,
em insistir ser normal!
Em dar-se sem dever,
e a mergulhar num mar que nem existe!
Pelo seu atrevimento
em querer ter ao redor gente
que ela nunca saberá ter,
porque é diferente de tudo,
num regaço de confusão.
Não é do sonho não!
É do relembrar de ontem,
e do antes de ontem,
e do antes de antes de ontem,...
É de sentir,
nem sabe já bem o quê,
se foi uma evidência ilusória
o que a fez palpitar,
produzindo uma mentira sentida,
no âmago daquele moribundo corpo.
Esconde o semblante nas golas e mãos
porque o olhar se incendiou,
e não consente que seja descoberto
o seu inchaço de fraqueza,
mesmo sabendo que pessoa alguma o vê.
Sofre pelo seu atrevimento,
em insistir ser normal!
Em dar-se sem dever,
e a mergulhar num mar que nem existe!
Pelo seu atrevimento
em querer ter ao redor gente
que ela nunca saberá ter,
porque é diferente de tudo,
e dela mesma não se pode afastar."
Flávia Abreu
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Viagem na linha 7
O transporte vai quase vazio, não há vozes, não há olhares, não há empurrões, não nada... há serenidade e, isto permite-me apreciar certas singelezas que ocasionam uma graciosa descarga de endorfinas.
O sol é subtil quando ainda está a acordar ou é abraçado pelas nuvens, e beija-me de leve as faces, pausando com a sombra das árvores e dos prédios; as gotas da chuvada da madrugada que escorrem pelo vidro brilham; as minhas mãos geladas vão sendo aquecidas; a música que passa pelos auriculares anestesia-me e o ar 'lavado' e frio traz-me o aroma do pão fresco que o vulto próximo de mim leva consigo. Fico anormalmente confortável.
Fecho os olhos e sorrio porque me apercebo que estou unicamente a ouvir-me. Só desse modo é possível saber o que me dá prazer e apaixona. Se tivesse desligado de mim teria sido mais uma viagem igual a tantas outras.
A viagem de autocarro deve ser equiparada à 'viagem geral'..." Flávia Abreu
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Felicidade idiota
Odeio a felicidade idiota, que é aquela cujo motivo se mostra uma ilusão ao fim do tempo suficiente para me sentir idiota por acreditar na sua genuinidade inexistente...
domingo, 7 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Apenas a minha opinião:
"As humanidades e as artes representam duas das áreas mais primárias do desenvolvimento cognitivo, cultural e criativo de um indivíduo. Como uma árvore, se não tiver raízes nunca será uma árvore, também um humano necessita de construir o seu intelecto com base na sua expressão em relação a estes domínios de estudo para que se possa debater interiormente com as suas aptidões, opiniões e ideias e, assim, possa conhecer-se e adaptar-se à realidade de acordo com as suas vocações e capacidades.
Como pode um indivíduo ter uma opinião fundamentada sobre touradas se nunca foi incitado a confrontar os valores humanos com as diferentes culturas, por exemplo? Como pode saber valorizar uma criação artística se não tiver tido qualquer conhecimento a respeito?
O desenvolvimento da humanidade como aperfeiçoamento dos indivíduos e evolução da tecnologia e competências úteis com vista no maior lucro não se pareiam. Mas deviam! Queremos um planeta que encaminhe as gerações vindouras para a artificialização, que descredite o valor de cada ser humano? Foi-nos cedido o mundo para que o pudéssemos contemplar e melhorar com todas as capacidades de que dispomos com o objectivo da realização pessoal e dos que amamos, e isto não é uma utopia, e afinal o hoje não passa de uma disputa de interesses económicos que mecaniza as pessoas afastando-as da sua essência." Flávia Abreu
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