domingo, 5 de dezembro de 2010

"Na calma da madrugada,
quando todo o mundo dorme,
posso apreciar as coisas em silêncio
e apoderar-me de toda a beleza
sem que ninguém a reivindique.

Solto palavras que nem digo,
e sussurros que se apagam
ao misturar-se com as gotas que caem,
levando segredos que se esmagam no chão.
Libertei-me.

Desnudo-me sem querer,
às horas que ninguém vê;
deixo a lua beijar-me as linhas,
e os poros inspirarem,
e entupirem de saudade.
Volto a aprisionar-me.

Tudo é tão complexo
mas tão simples."
Flávia Abreu

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