"Os dias acordam-na
num regaço de confusão.
Não é do sonho não!
É do relembrar de ontem,
e do antes de ontem,
e do antes de antes de ontem,...
É de sentir,
nem sabe já bem o quê,
se foi uma evidência ilusória
o que a fez palpitar,
produzindo uma mentira sentida,
no âmago daquele moribundo corpo.
Esconde o semblante nas golas e mãos
porque o olhar se incendiou,
e não consente que seja descoberto
o seu inchaço de fraqueza,
mesmo sabendo que pessoa alguma o vê.
Sofre pelo seu atrevimento,
em insistir ser normal!
Em dar-se sem dever,
e a mergulhar num mar que nem existe!
Pelo seu atrevimento
em querer ter ao redor gente
que ela nunca saberá ter,
porque é diferente de tudo,
num regaço de confusão.
Não é do sonho não!
É do relembrar de ontem,
e do antes de ontem,
e do antes de antes de ontem,...
É de sentir,
nem sabe já bem o quê,
se foi uma evidência ilusória
o que a fez palpitar,
produzindo uma mentira sentida,
no âmago daquele moribundo corpo.
Esconde o semblante nas golas e mãos
porque o olhar se incendiou,
e não consente que seja descoberto
o seu inchaço de fraqueza,
mesmo sabendo que pessoa alguma o vê.
Sofre pelo seu atrevimento,
em insistir ser normal!
Em dar-se sem dever,
e a mergulhar num mar que nem existe!
Pelo seu atrevimento
em querer ter ao redor gente
que ela nunca saberá ter,
porque é diferente de tudo,
e dela mesma não se pode afastar."
Flávia Abreu
Sem comentários:
Enviar um comentário