quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Linguagem sem palavras

"Toma o meu colo,
podes ser mudo:
consigo ouvir o teu solo
pelo teu olhar escudo.

Rasguei o meu peito,
toma o meu coração
escuta o seu pulsar...
consegues pelo meu, o teu acertar?" Flávia Abreu

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mudar


"As pessoas adultas não mudam: podem quanto muito esforçar-se por ter atitudes diferentes do habitual, melhores, durante um período de tempo, para beneficiarem de uma mudança aos olhos dos outros, mas o intrínseco ninguém muda e há-de revelar-se novamente, mais cedo ou mais tarde." Flávia Abreu

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Memórias

"As boas memórias parecem mais fascinantes do que as situações a que se associam realmente foram, quando se passa algum tempo sem se sentir completo." Flávia Abreu

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Cedo todas as palavras possíveis à imagem, já que tem tanto para contar (=

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Apenas... tu

"As fotografias não são fidedignas então, eu fecho os olhos para te ver: a imagem guardada no coração é mais fiel e, um arrepio electrizante percorre-me num só instante. Imagino como único lugar seguro o teu abraço mas não é real, ainda não sabes os anseios da minha alma, os perigos da minha mente, os desejos do meu coração. Os teus olhos têm brilho o bastante para iluminar qualquer caminho, mas não o meu, ainda não sabes que calçada eu escolhi. O teu sorriso é igual ao meu, mas não creio que o saibas, porque eu vejo-te em mim, mas tu não me vês em ti. O mundo devia ter o teu odor, para que a brisa te trouxesse sempre para perto de mim mesmo que nem no horizonte te conseguisse ver. O teu toque nos meus cabelos não seria possível, se soubesses o quanto me iludes. Mas não te quero, porque se te tiver perder-te-ei. Fica aí, não te mexas, tudo está bem, basta ter a ideia de te ter sem efectivamente ter-te." Flávia Abreu

domingo, 19 de setembro de 2010

A realidade pode ser o que se quiser

"Nos sonhos te escondes
para seres feliz,
e assim vives,
sempre que os sentes, constróis e sorris.

Agarras qualquer mão
e corres, rindo, prado fora,
não consegues ouvir o não
nem ver a crueldade real do agora.

És criança e adulto,
nada impede o teu querer!
Mas reservas a inocência no teu culto
para que ninguém a possa ver.

Fascina-me o teu mundo
onde o céu ainda não chegou
é quente e mágico, não é imundo
como aquele que para todos se criou.

Conheces a mentira e a desonestidade
mas os teus pensamentos
embelezam a verdade
que é a realidade." Flávia Abreu

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sonhos

"Uma das facetas dos sonhos é revelar os nossos desejos: desarmam-nos, mostrando-nos claramente o que queremos sem medos ou preconceitos, na procura de deixarem de ser apenas sonhos! Põe a nu a nossa parte emotiva, sibilando insistentemente ao consciente que sacie aquela sede interior, por vezes, de forma diabólica e, os sonhos possam voltar à normalidade e ser novamente as charadas comuns da organização da mente após mais um dia.
Na maioria das vezes, não é possível ceder a este capricho inconsciente, senão não havia a necessidade desta impertinência do superego em transportar o insucesso do dia para a folga da mente à noite (como se não bastasse o quanto nos azucrina quando estamos bem acordados)." Flávia Abreu

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

talento vs. determinação

Houve um dia em que fui talentosa! Mas alguém com menos talento do que eu me venceu...
porque teve a determinação que eu não tive!" Flávia Abreu

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rapariguinha

"Hoje quero ser só eu
encontrar-me só a mim
mas não quero estar sozinha!
Só não quero conversar por palavras,
apenas pelo meu jeito e olhar.
Quero viajar no meu mundo,
sem sair da concha que o meu corpo fez.
Escutar as entranhas,
os batimentos cardíacos
e as trocas de ar com os pulmões
com sincronias combinadas com os meus pensamentos.
Dei um salto e peguei na guitarra,
dei uns breves acordes leves e sibilantes.
Já chega...
Hoje só consigo ser eu." Flávia Abreu

Aprendizagem e força

"Os obstáculos são vitamina para o meu sangue." Flávia Abreu



(Para quê usar muitas palavras se se podem usar apenas as palavras certas?)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Génio da lâmpada

"_Se o génio da lâmpada existisse e fosse ter contigo concedendo-te os três desejos, o que pedirias?
_Bem, podia pensar no que mais desejo, naquilo que mais me alegraria e resumir a três pedidos. Mas prefiro ser perspicaz e, pediria apenas uma coisa, gastando um único desejo: ser feliz! Depois de concretizados os desejos, ficariam boas memórias, seria feliz por três momentos; escolhendo ser feliz, não importa quantos e quais os desejos realizados, desde que o que aconteça pela vida fora seja o fundamental para me preencher e fazer feliz!" Flávia Abreu

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vingança

"A vingança é o desejo cego de oferecer um veneno pior do que o que nos deram a provar. É inútil e só nos traz mais tristeza. O desprezo e a altivez são mais baratos e honrosos e magoam mais a quem nos ofendeu." Flávia Abreu

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sinceridade

"É primordial que as pessoas transpareçam o que realmente são e que ajam e se comportem de acordo com elas mesmas, é uma prova de amor-próprio e/ou de que trabalharam na construção do seu “eu” na perspectiva da melhora; que não usem máscaras para camuflar aquilo que provavelmente as envergonha na verdade do seu ser: pena que não alcancem que maior é a vergonha de esconder a própria alma do que tentar ser aquilo que não são para agradar aos outros. Para além de que, pior do que mentir aos outros é mentir a si próprio, obrigando-se a fazer o contrário dos seus impulsos e, dar mais importância à imagem que as pessoas criam delas do que à própria motivação interior: não temos que provar nada a ninguém a não ser a nós mesmos! A sinceridade é a virtude que mais aprecio nas pessoas porque é a que faz delas verdadeiras e genuínas e a falta dela faz-me desacreditá-las." Flávia Abreu

domingo, 5 de setembro de 2010

Ser completo

"Não me sinto...
Não me apela coisa nenhuma
nem o sol que ontem brilhou.
Não gosto de alguma coisa
nem deixo de gostar.
Pão sem sal,
gato sem garras,
papel em branco.
Falta algo, falta algo, ...
(ecoa na minha cabeça)
Apetece apenas o exclusivo
da sensação de pertença desejada,
apetece apenas a simplicidade complexa
da ligação autêntica
entre dois animais humanos.
Falta este gomo do meu eu
e, enquanto falta, não me sinto." Flávia Abreu

sábado, 4 de setembro de 2010

Eu e o sentimento rei

"Tenho dificuldade em pensar quando o amor me abraça, mas abraça sempre gritando como se fosse enorme a ansiedade de o parear, ensurdecendo-me a mente para não me permitir tomar qualquer decisão que o contrarie! Não conhece a leveza de um sussurro porque é selvagem, só assim consegue impor-se a um ser racional e deixá-lo tão vulnerável." Flávia Abreu

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Presente e futuro

"Por vezes, é possível ficar-se aprisionado inconscientemente ao passado que foi fantástico para preservar ao máximo na memória e coração o que foi incomparável mas, assim, os olhos estarão fechados a uma nova etapa que poderá ser única e incomparável também. É importante ter as asas a postos para voar." Flávia Abreu

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A diferença

"A diferença é sempre rejeitada porque é estranha aos olhos da normalidade, da banalidade. E as pessoas gostam do equilíbrio, não gostam de alguém ou algo que contrarie a normalidade das suas vidas. Por isso é que o que é estranho é sentido como perigoso, por ser tão impossível de ignorar e impossível de aceitar. Aceitá-lo implicaria pôr em causa o que se construiu até então, desafiaria a mente a uma reconstrução de ideias, apelaria à essência do nosso ser. Nasce o preconceito, pior quando se torna intolerável. Questiono-me se farei eu parte dos "normais" ou se vivo num mundo que prefiro ver e, sou eu, bastante diferente dos outros; concluí que não faço parte dos "normais"... e ainda bem!! As pessoas diferentes tendem a estar sozinhas grande parte do seu tempo mas, muitas vezes, e contrariamente ao que os "normais" pensam, não é pela rejeição, mas porque elas mesmas rejeitam ceder à sociedade padronizada em que vivemos, aos  pensamentos automáticos, às atitudes irreflectidas. Mas também são elas que mais desfrutam da sua própria companhia e que mais apreciam o que é realmente importante na vida. Então, depende do ângulo em que nos posicionamos para nos observarmos e aos outros, e o melhor é aquele que nos faça sentir mais integrados no mundo... mas, para mim, é o "normal" a grande diferença inaceitável. A exclusividade é marcada pela diferença, nada de banal se torna inesquecível." Flávia Abreu