"És ordinariamente como todos,
não de indecência,
mas de vulgaridade,
vestindo máscaras impróprias,
para os apelos das tuas entranhas.
Mas não de todo:
Vagueias pelas ruelas
sem nada ver,
a não ser que n'algo te espelhes:
adocicas a mente por momentos
e, novamente, abandonas a ideia de perceber.
Recolhes-te num lirismo real,
que não o de alguém,
a não ser o mesmo que o meu,
e falas de aparentes esperanças
que nem sabes se queres realizar.
Inspiras memórias
num tempo parado
e deixas de expirar futuras lembranças
num tempo que corre...
Apenas sonhas.
Nesse mundo bravio
vedado de cautela
não haverá flores,
apenas a ideia de que há,
pois não entra semente que em ti renasça.
Vigarizas possibilidades,
de tamanhos sorrisos
e crias uma verdade única
a tua, a que reina,
a que não se entende.
Banes-te da sociedade comum,
não porque optes,
mas sabe-te bem
porque tens por onde pensar
e por que te comportar diferente.
Fascina-me o teu mundo
onde o céu ainda não chegou
é quente e mágico, não é imundo
como aquele que para todos se criou.
Conheces a mentira e a desonestidade
mas os teus pensamentos
embelezam a verdade
que é a realidade. "
Fascina-me o teu mundo
onde o céu ainda não chegou
é quente e mágico, não é imundo
como aquele que para todos se criou.
Conheces a mentira e a desonestidade
mas os teus pensamentos
embelezam a verdade
que é a realidade. "
Flávia Abreu
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