domingo, 24 de outubro de 2010

Medo

"Por vezes, tenho o pensamento cobarde de afastar-me do que me faz bem, a partir do momento em que me apercebo que se tornou importante para mim, porque irá inevitavelmente magoar-me. E, na maioria, o pensamento entra em prática como que sem pedir-me autorização, como se tivesse um protocolo com a parte emotiva e tivesse obrigatoriamente que a proteger para cumprir o acordo.
      Ora ninguém quer magoar-se, óbvio, mas é assim tão espontâneo agir à defesa, com permanente dúvida e receio? Torna-se difícil arriscar quando se preza bastante o seu eu, quando a sua protecção tem primazia. Não, não é assim tão espontâneo, trata-se de aprendizagem. Ser algum, a quem não tenham golpeado o coração alguma vez, sente a necessidade de se proteger, não há motivo simplesmente; e para um a quem tenham golpeado sempre que arriscou? Assim é mais fácil perceber por que é que fugir é tão automático, por que é que o pensamento cobarde não pode ser condenável! E se, acrescido a isto, as experiências de conhecidos, amigos e familiares corroboram esta atitude? Se até mesmo as pessoas que admiro fazem aos seus companheir@s o que eu receio que o que se tornou importante para mim me faça também?
      Provavelmente o protocolo será violado: eu não terei mais defesa para aplicar, não porque não precise por sentir segurança, mas porque o ser humano é fraco e irá ceder sempre ao que ama mesmo que seja inseguro." Flávia Abreu

1 comentário:

  1. Tu tens um blog?! Podias ter dito.XD Gostei muito deste texto mas ainda vou vasculhar os outros...hihihi. É verdade: às vezes, pensa-se em demasia, por termos medo que nos magoem, outra vez. Mas, como diz o povo, "Quem não arrisca, não petisca"! Por vezes, é necessário arriscar, seguir o coração e deixar os pensamentos para trás.=) Eu fiz isso e até hoje não me arrependi. Beijinhos. (Vou tornar-me seguidora do teu blog XD)

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